"Eterno irónico". Palavras de Pinto da Costa não influenciam resultados
24-04-2023 - 13:21
 • João Fonseca com Renascença

Gaspar Ramos, antigo dirigente do Benfica, está confiante na conquista do título, por parte dos encarnados.

Gaspar Ramos recorda as "batalhas travadas" com Pinto da Costa, no seu tempo de dirigente, e conclui que as palavras do presidente do FC Porto não vão ter qualquer influência no desfecho do campeonato.

"Não vão influenciar nada os resultados desportivos, mas o que lamento é que Pinto da Costa é um eterno irónico, olhando para os outros e nunca olhando para ele. Travei várias batalhas com ele e ele continua igual. Não vale a pena preocuparmo-nos muito com aquilo que ele diz", observa o antigo dirigente do Benfica, em entrevista à Renascença.

Pinto da Costa reagiu aos processos que foram instaurados a Sérgio Conceição, Vítor Baía e a ele próprio, para averiguar se há motivo para o Conselho de Disciplina dar seguimento às queixas apresentadas pelo Benfica e pelo conselho de Arbitragem. Em causa declarações dos responsáveis do FC Porto que alegadamente serviram para pressionar os árbitros.

Gaspar Ramos retira carga às declarações de Pinto da Costa, mas adverte que os benfiquistas "têm de estar atentos e preocupados" com o desempenho dos árbitros. "Pode ter peso. Temos de agir nos momentos próprios, mais nas instituições do que a dar entrevistas", aconselha.

Confiança no título e na perda de pontos do FC Porto

O Benfica bateu o Estoril e repôs a vantagem de quatro pontos para o FC Porto, numa "vitória muito importante" para dar tranquilidade à equipa, refere Gaspar Ramos.

O antigo dirigente continua convicto de que os encarnados não vão desperdiçar esta oportunidade e anota que o rival direto também não estão consistente.

"A equipa do Porto, mesmo na altura má em que estávamos, estava pior do que nós. Ganharam ao Benfica, pela entrega. O Porto tem jogado menos do que nós e estou convencido de que vai perder pontos", prevê.

No próximo fim de semana, o Benfica desloca-se a Barcelos, num jogo teoricamente difícil frente ao Gil Vicente, e o antigo dirigente considera que "uma vitória será decisiva para os jogos seguintes", precisamente para serenar a equipa. "Não é determinante, mas é mais uma deslocação importante para tranquilizar os jogadores", observa.