O défice orçamental ficou nos 2,1% do PIB em 2016, em linha com o previsto pelo Governo e um valor que abre caminho ao fim do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), divulgou esta sexta-feira o INE.
É, de acordo com as séries históricas do INE e do Banco de Portugal, o valor mais baixo desde 1973 e, caso não venha a ser revisto posteriormente em alta, a primeira vez que fica abaixo de 3% desde que Portugal aderiu ao euro e se comprometeu com as regras do Tratado de Maastricht.
Em termos absolutos, o défice de 2,1% do ano passado corresponde a 3.807,3 milhões de euros.
O Governo, pela voz do ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu no parlamento, em Fevereiro, que o défice orçamental do ano passado não terá sido superior a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), uma estimativa mais optimista do que a meta prevista inicialmente pelo executivo, que era de 2,4%.
Já a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) tem uma estimativa para o défice do ano passado um pouco superior à estimada pelo Ministério das Finanças, prevendo que se tenha situado em 2,3% do PIB.