A Associação Caminhos de Fátima apresentou esta quinta-feira um projecto que visa dar mais segurança aos peregrinos que ali se dirigem. Trata-se de um itinerário alternativo às estradas nacionais que se espera que esteja operacional em Maio de 2017, para a vinda do Papa.
São mais de 200 quilómetros que ligam Porto a Fátima por caminhos alternativos, que afastam os peregrinos das estradas, com um acréscimo de apenas 8% na distância total do percurso.
Envolvendo 14 municípios, do Norte e Centro do país e entidades públicas e privadas, o itinerário d' Os Caminhos de Fátima vai agora ser requalificado.
De acordo com o autarca de Pombal e presidente da recém-constituída Associação Caminhos de Fátima, “não vamos abrir caminhos novos, não vamos fazer novas estradas”. Diogo Mateus explicou que “vamos aproveitar o conjunto das infraestruturas rodoviárias que estão ao longo destes 14 municípios, em condições de poder servir este intuito da segurança”.
Esperando que a requalificação esteja pronta em Maio de 2017, para a vinda do Papa Francisco, o projecto vai receber 3,5 milhões de euros de financiamento comunitário por ter sido considerado “excepção” pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional.
Presente na apresentação do projecto, o secretário de Estado, Castro Almeida, explicou que a decidiu dirigir o convite à Associação Caminhos de Fátima, em vez do projecto ser submetido a concurso, como é a regra, porque “não há nada no país parecido com a situação de Fátima”.
O governante explicou que se pretende “dar segurança e aumentar o potencial do turismo religioso”, além de “valorizar muitas terras, muitas aldeias do interior que não eram visitadas e passam a sê-lo”.
Já o reitor do santuário considera o projecto “uma mais valia” para Fátima. Segundo o padre Carlos Cabecinhas, a iniciativa “pode trazer melhores condições aos peregrinos e por isso pode trazer mais peregrinos que venham a pé a Fátima porque se sentem mais motivados”.
Cerca de 80% dos peregrinos que chegam ao santuário fazem este percurso que a associação quer vir a certificar como itinerário cultural europeu.