Milhares de pessoas manifestaram-se esta quarta-feira, em várias partes do mundo, contra o Governo venezuelano de Nicolás Maduro.
O protesto serviu também para assinalar o golpe de Estado de 23 de Janeiro de 1958, que pôs fim à ditadura do general Marcos Perez Jiménez, marcando o início do processo democrático na Venezuela.
Em Portugal, no Funchal, mais de quatro centenas de manifestantes aderiram ao movimento contra Maduro. Isto antes de Juan Guaidón, presidente da Assembleia Nacional do país, se ter autoproclamado Presidente interino da Venezuela.
Estados Unidos, Canadá e Brasil foram os primeiros a reconhecer Guaidón como líder interino do país. O número de nações que apoia o novo líder já ascende às 12. Do lado oposto, o golpe já foi rejeitado pela Rússia, Cuba, Turquia, Bolívia e México.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirma o seu pleno respeito "à vontade inequívoca" mostrada pelo povo da Venezuela e disse esperar que Nicolas Maduro "compreenda que o seu tempo acabou".
O Governo português, através da conta oficial de Twitter do Ministério dos Negócios Estrangeiros, disse que a prioridade neste momento é garantir a proteção dos cerca de 300 mil portugueses e lusodescendentes que vivem na Venezuela.
Num outro tweet na mesma conta, o MNE apela "a que não haja violência na Venezuela" e que "seja respeitada a legitimidade da Assembleia Nacional e também respeitado o direito das pessoas a manifestarem-se pacificamente".