Há cerca de um ano, quando começou a preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o padre Juliano Silva, responsável pela paróquia de Odivelas, sentiu o apelo de usar a arte do desenho para divulgar o encontro e assim fazer um convite a toda a comunidade.
“Tenho esse hobby e pensei: porque não usar a arte para promover e divulgar a JMJ? Comecei a fazer pinturas na paróquia de Odivelas e depois nas capelas. A paróquia de Caneças pediu também para fazer algo alusivo ao encontro. Por fim, o meu colega padre de Santo António dos Cavaleiros pegou na ideia e colocou jovens a pintar um mural”, explica à Renascença.
A iniciativa ganhou asas e quem passa por estas paróquias pode agora ver o resultado deste trabalho.
“Escrevemos a frase do encontro: 'Maria levantou-se e partiu apressadamente' e pintamos os símbolos do encontro e da cidade a verde, vermelho e amarelo, as cores da bandeira de Portugal”, revela.
O padre foi o mentor, mas, rapidamente, vários jovens se juntaram à iniciativa, tivessem eles mais ou menos jeito para o desenho.
“Pintei primeiro sozinho, mas rapidamente surgiram jovens com idades entre os 18 e os 22 anos, muito empolgados. Estão muito entusiasmados com a Jornada, para grande parte é a primeira vez.”
A mensagem tem ido mais longe do que se esperava, muito graças às redes sociais.
“Muitas pessoas chegam perto do muro e tiram 'selfies'. Vieram-me mostrar nas redes sociais, dizendo: 'Veja o sucesso que está a fazer a sua pintura'.”
A paróquia de Odivelas vai acolher cinco mil jovens durante a JMJ. Já a vigararia de Odivelas/Loures acolherá aproximadamente 25 mil participantes.
O padre Juliano Silva está ansioso para viver aquele que será o seu terceiro encontro com o Papa: “A primeira foi no Rio de Janeiro (2023), depois na Polónia (2016) e agora esta, em Lisboa”, explica.
Juliano Silva é brasileiro e está no nosso país há nove anos. Lembrou-se de usar a arte para passar a mensagem da Jornada que vai chamar ao nosso país mais de um milhão de jovens para um encontro com o Papa Francisco.