Três soldados da Guarda Suíça, no Vaticano, demitiram-se das suas funções para não terem de ser vacinados.
A decisão foi tomada depois de a Santa Sé ter implementado a obrigatoriedade de apresentação de um certificado digital para todos os funcionários poderem aceder aos seus postos de trabalho.
O certificado pode indicar a existência de pelo menos uma dose da vacina, a realização de um teste negativo ou então a recuperação da doença. Contudo, a Santa Sé deixou de financiar os testes para quem recusou ser vacinado.
Segundo um documento assinado pelo secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, “qualquer funcionário sem os necessários certificados não pode aceder ao local e trabalho e terá por isso uma falta injustificada”, o que significa o não pagamento do salário.
Todos os elementos da Guarda Suíça tinham já recebido ordens para serem vacinados, tendo em conta a sua proximidade física com o Papa e com as pessoas que entram e saem do Vaticano diariamente. Dos 135 membros desta força de proteção pessoal do Papa, porém, seis recusaram inicialmente obter a vacina.
Três desses mudaram entretanto de ideias e estão suspensos enquanto a sua situação é posta em ordem, mas os outros três preferiram demitir-se, de acordo com a imprensa suíça.
Um porta-voz da Guarda Suíça disse à imprensa, em declarações citadas pelo Religion News Service, que a obrigatoriedade da vacina está “em linha com as políticas de outras forças armadas no mundo” e que os três militares se tinham demitido “de livre vontade”.
O Papa falou sobre a importância da vacina recentemente, no regresso da sua viagem à Eslováquia. Na altura referiu que existia um pequeno grupo de pessoas no Vaticano que estava a recusar a vacina e que os serviços da Santa Sé estavam a tentar ajudá-los.
Francisco mostrou-se surpreendido com as reações de quem recusa a inoculação, sublinhando a longa história de “amizade” do mundo com vacinas.