Um alto responsável da União Europeia pressionou as autoridades ucranianas a identificarem e punirem os responsáveis pela morte de uma militante anticorrupção, vítima de um ataque com ácido.
O comissário europeu para o Alargamento, Johannes Hahn, deslocou-se a Kiev após a morte de Kateryna Gandziouk, que no passado fim de semana não resistiu aos ferimentos após mais de dez operações.
Kateryna Gandziouk, 33 anos, foi atacada no final de julho por um desconhecido que a aspergiu com cerca de um litro de ácido sulfúrico.
A ativista anticorrupção era conselheira do município de Kherson, uma cidade do sul da Ucrânia.
A sua morte violenta relançou as críticas de militantes da sociedade civil, que acusam as autoridades de não terem concluído o inquérito.
A polícia deteve duas pessoas e colocou outras três em prisão domiciliária na sequência desta agressão, mas não identificou os instigadores do ataque.
A comunidade internacional está "profundamente chocada" por esta tragédia", declarou Han.
“É algo que não podemos aceitar", sublinhou em conferência de imprensa, onde pressionou o Governo ucraniano para detetar e julgar os responsáveis por este crime.
O procurador geral da Ucrânia, Iouri Loutsenko, propôs a sua demissão, que foi recusada pelo Presidente Petro Poroshenko, e que também foi rejeitada por uma votação no parlamento de Kiev.
Após o ataque de que foi vítima, Kateryna Gandziouk esteve hospitalizada com queimaduras em mais de 30% do corpo, em particular no peito, braços e cara.
A sua morte alertou para uma série de outros ataques na Ucrânia registados os últimos meses contra militantes anticorrupção.