Portugal totaliza 633 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox, 45 na última semana, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), que indica que 82,6% dos casos foram reportados na região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
De acordo com o relatório semanal da DGS, todas as regiões de Portugal continental e a Madeira reportaram casos de infeção humana pelo vírus VMPX, o Norte é a segunda região do país com mais casos reportados de Monkeypox (66), seguindo-se o Centro (11), o Alentejo e Algarve (sete) e a Madeira (três), refere a informação semanal da autoridade de Saúde.
A presença do vírus Monkeypox (VMPX) foi detetada em Portugal em 3 de maio, com a confirmação laboratorial de cinco casos de infeção, e, desde então e até à última quarta-feira, foram identificados 633 casos.
Segundo a DGS, do universo de casos reportados no Sistema de Vigilância Epidemiológica, a maior parte pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos e a grande maioria das infeções (99,6%) são homens, havendo dois casos (0,4%) do sexo feminino.
Em 16 de julho, foi iniciada a vacinação dos primeiros três contactos próximos de casos e, desde então, continuam a ser identificados e orientados para vacinação os contactos elegíveis nas diferentes regiões do país, informou ainda a DGS.
Até 27 de julho, foram vacinadas no país 59 pessoas, contactos próximos de casos.
De 1 de janeiro a 22 de julho, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 16.016 casos confirmados e 73 casos prováveis de infeção humana por vírus Monkeypox, em 75 países.
A nível global, os 10 países mais afetados são: Espanha (3.125), Estados Unidos da América (2.316), Alemanha (2.268), Reino Unido (2.137), França (1.453), Países Baixos (712), Canadá (615), Brasil (592), Portugal (588) e Itália (374).
O número de óbitos não aumentou, mantendo-se as cinco mortes da OMS África.
Segundo a DGS, os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas, segundo a DGS.