O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o líder russo, Vladimir Putin, consideram importante enviar uma equipa de investigação da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para a central nuclear ucraniana de Zaporíjia.
A revelação foi feita esta sexta-feira pela agência de comunicação russa TASS, que cita o Kremlin, depois dos dois chefes de Estado terem conversado ao telefone.
O complexo continua, por estes dias, a ser alvo de intensos bombardeamentos, o que faz crescer o receio de um desastre nuclear semelhante ao ocorrido em Chernobyl, em abril de 1986.
De acordo com o Kremlin, o Presidente russo reconhece a ameaça, admitindo que os ataques criaram o risco de uma "catástrofe em grande escala".
De resto, este foi um dos temas também discutido durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, à Ucrânia que pediu a desmilitarização da central, mas Rússia recusou fazê-lo classificando a proposta de “inaceitável”.
As queixas de Putin a Macron
O Presidente russo aproveitou a conversa telefónica com Macron, para criticar os "obstáculos" que persistem na exportação de produtos agrícolas russos, apesar do acordo assinado no mês passado sob mediação internacional.
Vladimir Putin "sublinhou os obstáculos que persistem sobre as exportações russas, que não contribuem para uma solução dos problemas relacionados com a segurança alimentar global", avançou o Kremlin.
Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta sexta-feira em Odessa, no sul Ucrânia, que, além da libertação de cereais e fertilizantes produzidos neste país, é preciso permitir o acesso ao mercado global de alimentos russos fora de sanções.