José Carlos, antigo jogador do Benfica, considera que a viagem de Enzo Fernández à Argentina, contrariando as ordens do treinador, Roger Schmidt, mostra que o médio “já não está” no clube.

Quando os negócios estão quase finalizados e os jogadores têm "este tipo de comportamentos", já "não estão criadas as condições para continuar", defende o antigo jogador, em entrevista a Bola Branca.

“Muito dificilmente o Enzo ficará no Benfica, não seria benéfico para ele nem para o clube”, diz o antigo defesa encarnado.

Para José Carlos, o médio “voltou diferente” do Qatar, onde se sagrou campeão do mundo e foi eleito melhor jovem da prova.

“Não é o mesmo Enzo. Isso ficou bem patente na exibição que fez em Braga. É claramente um Enzo bem abaixo daquilo que era antes de partir para o Campeonato do Mundo”, explica.

Apesar do clima de desconforto, José Carlos não acredita que o negócio da venda possa sair prejudicado. Segundo a imprensa inglesa, o Chelsea está disposto a chegar aos 127 milhões de euros por Enzo. Se as negociações estão avançadas, “não há porque não continuar”.

“A qualidade do jogador está lá, isso já toda a gente viu. Se não for o Chelsea, há de ser outro clube. Não faltarão clubes onde [Enzo] possa prosseguir a carreira”, sublinha o antigo defesa.

Enzo frente ao Portimonense "é uma miragem"

José Carlos acredita que uma possível presença no próximo jogo, frente ao Portimonense, na sexta-feira, “é uma miragem”. Colocar o argentino em campo “nem faz sentido”, se falhou a treinos da equipa, apesar de ter sido reintegrado esta segunda-feira, conforme a Renacença apurou.

Embora tenha regressado ao trabalho, está exposto a possíveis sanções: disciplinar, por ter quebrado o regulamento interno do Benfica, e desportiva, por ter contrariado a indicação de Roger Schmidt.

Sobre o jogo, o antigo defesa espera que o Benfica tente “voltar ao nível exibicional que já mostrou”, depois da derrota frente ao Braga, por 3-0.

“Não há outro caminho que não olhar em frente. Espero um Benfica a tentar dar uma resposta forte ao desaire de Braga”, conclui.