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O primeiro-ministro disse esta segunda-feira, em Estocolmo, que haverá um “aumento justo” das pensões no próximo ano, mas escusou-se a entrar em detalhes, apontando que é necessário esperar pela apresentação do Orçamento do Estado para 2017.
“Nós estamos a 15 dias de apresentar um Orçamento do Estado (…) Estamos a finalizar as negociações e, portanto, já não falta muito tempo para que possam ter noticias e não especulações sobre qual é o resultado final do aumento das pensões, que como eu disse numa entrevista hoje, será um aumento justo e que permitirá cumprir os nossos objectivos orçamentais”, limitou-se a dizer António Costa.
O primeiro-ministro, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo sueco, em Estocolmo, afirmou, numa entrevista ao jornal “Público” publicada na edição desta segunda-feira, que aumentos na função pública só em 2018 e admite nova tributação indirecta no Orçamento do Estado para o próximo ano, confirmando igualmente uma “tributação do património imobiliário de luxo”.
Na entrevista, cuja segunda parte será publicada na terça-feira, Costa frisa que a reposição de salários da função pública fica concluída este mês mas que só em 2018 está previsto retomar “actualizações” e “encarar questões de fundo relativamente às carreiras”.
PSD faz auto-elogio
O vice-presidente do PSD Marco António Costa destacou esta segunda-feira o aumento de 6,2% nas pensões mínimas feitas pelo Governo PSD/CDS e recusou comentar as “afirmações desencontradas” feitas recentemente sobre o assunto pelos partidos que suportam o actual executivo.
“Neste momento, o que ouvimos são afirmações desencontradas de dirigentes de partidos que suportam o actual Governo. Verdadeiramente, não conhecemos nada [sobre a proposta de aumento das pensões mínimas]. O que sabemos é que nós aumentámos as pensões mínimas em 6,2% no tal período tão difícil e tão severo que vivemos entre 2011 e 2014, quando antes o PS as congelou”, afirmou Marco António Costa, em conferência de imprensa no Porto.
O vice-presidente do PSD respondeu desta forma aos jornalistas que o questionaram sobre a possibilidade de as pensões mais baixas terem um aumento de 10 euros.