O Governo promete uma estratégia de combate à violência nos hospitais e centros de saúde até ao final do mês.
O gabinete de Marta Temido confirmou à Renascença que o ministério da Saúde planeia apresentar até ao final do mês um plano para resolver os problema de violência contra profissionais do sector.
Na quinta-feira, o ministério da tutela tinha avançado que os últimos casos têm causado preocupação junto do ministério e que estavam a ser estudadas medidas.
Ainda não são conhecidas que medidas o ministério pretende implementar.
O anúncio do gabinete de Marta Temido é feito no dia em que é conhecido mais uma agressão a um profissional de saúde no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal.
De acordo com o relato do “Jornal de Notícias”, o agressor, que terá esperado cerca de quatro horas para ser atendido, começou por ameaçar a médica, que pediu auxílio ao marido, também ele clínico.
Os dois acabaram sequestrados dentro do gabinete, obrigando o agente da PSP que estava de serviço naquela unidade arrombar a porta para socorrer os médicos.
Este episódio aconteceu apenas quatro dias depois de uma médica ter sido espancada por uma doente. As agressões levaram a que tivesse de ser operada, lembra o diário.
De acordo com os dados da Direção-geral da Saúde, mais de 600 incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados nos primeiros seis meses de 2019, sendo que a maioria das notificações respeitam a assédio moral ou violência verbal.
Os dados disponibilizados pela Direção-geral da Saúde mostram um acumulado ao longo dos anos, pelo menos desde 2013, de 4.893 notificações de violência contra profissionais de saúde até fim de junho de 2019.