A revista norte-americana Time nomeou Elon Musk para pessoa do ano. É descrito como um visionário, industrialista, “showman” e ao mesmo tempo palhaço.
A publicação elogia o facto de o homem mais rico do mundo “sonhar com Marte enquanto calcorreia a Terra” e de “lançar satélites para órbita”, tudo isto enquanto se faz transportar num carro inventado por ele, que não precisa de combustível e que mal precisa de condutor.
A revista enumera o facto de a sua empresa de foguetões, a SpaceX, ter ultrapassado a Boeing e ter-se estabelecido agora como a mais promissora empresa privada de exploração espacial, e de a Tesla controlar atualmente dois terços do mercado de carros elétricos no mundo.
“É um jogador no mercado dos robôs e da energia solar, das criptomoedas e clima, de implantes de computador no cérebro para contrariar a ameaça da inteligência artificial e túneis subterrâneos para mover pessoas e mercadoria a supervelocidades”, descreve a revista, sublinhando ainda o seu humor frequentemente incompreendido e o facto de ser capaz de destabilizar os mercados financeiros com os seus tweets.
As redes sociais são uma área em que Musk se movimenta com enorme naturalidade. Só nos últimos dias postou várias piadas e o anúncio de um novo projeto para “retirar CO2 da atmosfera e transformá-lo em combustível de foguetões. Se tiverem interesse, juntem-se”, acrescentando noutro tweet que isto “também será importante para Marte”.
A escolha de Pessoa do Ano pela Time começou em 1927, embora na altura fosse conhecido como Homem do Ano. Foi preciso esperar até 1936 para uma mulher ser escolhida para o lugar, no caso foi Wallis Simpson, por quem Eduardo VIII abdicou do trono. A mulher que viria a ser Rainha por causa dessa decisão, Isabel II, foi mulher do ano em 1952.
Mesmo assim, só em 1999 é que o nome mudou para “Pessoa do Ano”.
Elon Musk, cuja fortuna pessoal é avaliada em mais de 220 mil milhões de euros, segue-se a Kamala Harris e Joe Biden, que foram o par escolhido para 2020 e que por sua vez substituíram Greta Thunberg, a escolhida de 2019.