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Nuno Melo, atual presidente do CDS-PP, considera que Portugal sentirá falta do pensamento de Adriano Moreira, que considera ter sido "figura maior" da Democracia portuguesa, com legado político e académico "tremendo" e mão na história do século XX em Portugal.

O antigo presidente do CDS morreu, este domingo, aos 100 anos. Foi o político mais longevo da história da Democracia portuguesa. Ouvido pela Renascença, Nuno Melo diz Adriano Moreira deixa um legado incalculável.

"Quem sentirá falta será, fundamentalmente, Portugal, porque, sendo o Professor Adriano Moreira uma referência fundamental do CDS, era seguramente, também, uma figura maior da Democracia portuguesa. É nisso considerado por pessoas de muitos quadrantes políticos. Obviamente que no que tem a ver com o CDS era, talvez, das pessoas que todos nós temos como referencial e cujo exemplo tentamos seguir todos os dias. Mas não esquecemos, até, como, por exemplo, quando sai da Assembleia República, é aplaudido de pé pelos deputados de todos os partidos, num reconhecimento que é realmente geral pela sua capacidade", salienta.

"Ajudou a mudar a história do século XX português"

Nuno Melo destaca que Adriano Moreira "marcou cada lugar por que passou", desde os governos do Estado Novo ao regime democrático, enquanto membro do Parlamento e como presidente do CDS.

O legado que Adriano Moreira deixa "é tremendo do ponto de vista político e tremendo do ponto de vista académico", pela obra escrita que deixa, "cuja leitura se deve recomendar", e pela forma como "ajudou a mudar muito do que é a história do século XX português":

"Através da sua vida, há páginas que estão escritas que fazem diferença. São páginas que recordamos e que fazem dele das maiores personalidades do século XX português, não tenho disso nenhuma dúvida."

Nuno Melo também realça Adriano Moreira, a pessoa, "pai de uma família que também o estima".

"O Professor Adriano Moreira era uma pessoa completa, que teve uma vida cheia e uma vida felizmente que fez alguma diferença, para não dizer muita", conclui o atual presidente do CDS.