O Papa foi questionado, a bordo do avião que o levava de volta a Roma, após a visita a África, sobre o Dia Mundial da Luta contra a Sida, que se assinala esta terça-feira.
Em foco esteve a oposição que a Igreja Católica mantém em relação ao uso de preservativo, tendo Francisco, no imediato, respondido que “é obrigatório curar”, mas afastando a ideia de que o preservativo possa ser a solução para o problema.
“Não falemos se se pode usar um outro penso rápido para uma certa ferida, a grande ferida é a injustiça social”, disse, dando como exemplo outros graves problemas que ainda persistem em África: “A exploração das pessoas, o trabalho escravo, a falta de água potável, é que são os problemas.”
“A pergunta parece-me demasiado limitada e parcial. Sim, [o preservativo] é um dos métodos e a moral da Igreja depara-se com uma perplexidade: é o quinto ou o sexto mandamento? Defender a vida ou que a relação sexual seja aberta à vida? Mas esse não é o problema, o problema é maior”, realçou.