Os exames nacionais poderão passar a valer, no mínimo, metade da nota de acesso ao Ensino Superior. De acordo com o jornal Público, uma proposta do Governo nesse sentido já está a ser negociada com os parceiros do setor.
O objetivo é que as provas deixem de ser obrigatórias para a conclusão do secundário, mas continuem a ser necessárias para quem concorre a uma licenciatura.
A classificação final do secundário passará a ter um peso minimo de 35%. Os exames passam a valer, pelo menos, 50%. Até agora, o cálculo era feito ao contrário.
Já o Jornal de Notícias adianta, esta quinta-feira, que os estudantes teriam, neste novo modelo, de fazer pelo menos três provas para poderem ingressar no Ensino Superior, sendo uma delas Português. Até 2019, os alunos tinham quatro exames nacionais obrigatórios. Com o modelo agora em vigor neste momento, os alunos apenas têm de fazer os exames pedidos pelo curso que escolherem.
Desta forma, passaria a existir uma "distinção entre o que é a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior", como adiantou o ministro da Educação, João Costa, esta quarta-feira no Parlamento.
A configuração final deste novo modelo não está, ainda, ultimada, mas deverá ser apresentada publicamente mais para o final do mês de janeiro. De qualquer forma, só a partir do ano letivo de 2024/25 devem ser introduzidas mudanças.
Contingente especial para alunos mais pobres
Para além das novidades no que diz respeito ao cálculo da média de entrada, a proposta também poderá incluir a introdução de um contingente especial para alunos que beneficiem do primeiro escalão do abono de família. Este contingente, indica o jornal Público, seria semelhante ao já atribuído a militares e a estudantes oriundos das regiões autónomas. Desta forma, 1% dos lugares de cada curso estariam reservados aos estudantes mais pobres.