O Nobel da Química foi esta quarta-feira atribuído a Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov, pela "descoberta e síntese de pontos quânticos", nanopartículas tão pequenas que é o seu tamanho a determinar as suas propriedades.
Parte importante da nanotecnologia, que teve o seu início nos anos 80, estas partículas têm propriedades únicas que estão hoje presentes nos ecrãs LED das televisões e em lâmpadas, acelerando reações químicas e permitindo iluminar tecido canceroso a um cirurgião durante uma operação.
O norte-americano Louis Brus é professor emérito na Universidade de Columbia e dedicou a sua vida a estudar nanocristais, passando 23 anos nos laboratórios da AT&T Bell. Bawendi, nascido em Paris, fez o seu doutoramento sob a orientação de Brus e juntou-se ao MIT em 1990, tornando-se professor em 1996.
Ekimov nasceu na antiga União Soviética e trabalhou com o Instituto Ótico Estatal Vavilov antes de se mudar para os EUA. Em 1999 foi nomeado cientista chefe na empresa Nanocrystals Technology.
Esta segunda-feira, a investigadora húngara Katalin Karikó e o norte-americano Drew Weissman foram distinguidos com o Nobel da Medicina, ao permitirem o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA contra a covid-19.
Na terça-feira foi atribuído o Nobel da Física a a três cientistas - os franceses Pierre Agostini e Anne L’Huillier e ao cientista austro-húngaro Ferenc Kraus - pelo seu trabalho na observação de eletrões nos átomos na mais pequena fração de segundo.
Ao longo da semana vão ser conhecidos os outros prémios Nobel. Esta quinta-feira é atribuído o Nobel da Literatura, na sexta-feira é divulgado o laureado com o Nobel da Paz e na próxima segunda-feira é conhecido o vencedor do Nobel das Ciências Económicas.
Todas as categorias serão anunciadas em Estocolmo, Suécia, exceto o Nobel da Paz que, como habitualmente, será atribuído pelo Comité Nobel Norueguês e terá como cenário o Instituto Nobel Norueguês, em Oslo, e pelo segundo ano com a Europa em guerra.