O jornal "The Washington Post" quer cortar 240 postos de trabalho para compensar as dificuldades que enfrenta quanto às subscrições digitais e publicidade.
A diretora-geral interina, Patty Stonesifer, enviou um email aos trabalhadores a comunicar que a empresa foi “excessivamente otimista” em relação às projeções de crescimento para os últimos dois anos e para 2024, e que este corte faz parte de um plano para “encontrar formas de fazer regressar o nosso negócio a um lugar mais saudável no próximo ano”.
O jornal tem cerca de 2.600 colaboradores, dos quais mais de mil fazem parte da redação. Stonesifer avançou que as rescisões iam ser incididas a determinados postos e departamentos, mas não especificou quais.
Os funcionários eleitos serão notificados e podem recusar a proposta de rescisão nas próximas semanas.
"Um grupo muito maior de funcionários receberá a oferta, mas as aceitações serão limitadas a aproximadamente 240 pessoas", escreveu Stonesifer.
A responsável diz que esta medida visa evitar "ações mais difíceis, como despedimentos", ações já tomadas no final do ano passado e no início de 2023, a par de medidas com o fim da publicação da revista de domingo.
O sindicato dos trabalhadores do The Washington Post escreveu, esta terça-feira, na rede social X (ex-Twitter), que está “preocupado” pelos seus “colegas dedicados e brilhantes” e acusa que “funcionários esforçados do Post perderão os seus empregos por causa de uma série de decisões de negócios erradas vindas do topo de nossa empresa.”
Em julho, o New York Times publicou que era esperado o Washington Post perder cerca de 100 milhões de euros este ano (aproximadamente 94 milhões de euros), de acordo com duas pessoas que tinham conhecimento das dificuldades financeiras do jornal.
Desde 2013 que o jornal faz parte da Nash Holdings, uma empresa do empresário Jeff Bezos, criador da Amazon e a terceira pessoa mais rica do mundo.
The Washington Post foi fundado em 1877 pelo partido democrático, mas mais tarde tornou-se num órgão de comunicação social independente. Ganhou reputação e credibilidade por trabalhos de jornalismo investigativo.