A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) convocou esta segunda-feira uma greve geral para amanhã na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, em resposta às dezenas de mortos e milhares de feridos registados desde esta manhã nos dois territórios ocupados.
O balanço de mortos e feridos, que continua a subir desde as primeiras horas desta madrugada, surge no contexto de manifestações da população palestiniana contra arelocalização da embaixada dos Estados Unidos da América em Israel de Telavive para Jerusalém, cinco meses depois de Donald Trump, o Presidente norte-americano, ter anunciado que a cidade santa é a capital do Estado hebraico.
Esse anúncio gerou e continua a gerar críticas de grande parte da comunidade internacional, com a União Europeia e vários países a alertarem que os EUA "reconhecerem" Jerusalém como a capital do Estado de Israel vai enterrar todas as hipóteses de se alcançar um acordo de paz na região.
Por volta das 15h desta segunda-feira em Lisboa, o balanço de mortos no protesto que continua em curso na fronteira da Faixa de Gaza já rondava os 50, havendo mais de 1700 feridos.
A notícia da greve convocada pela OLP, uma organização que agrega vários partidos e movimentos políticos da Cisjordânia, foi avançada pela agência palestiniana Wafa e citada pela Reuters. A agência cita Wasel Abu Yousef, membro do comité executivo da OLP, a anunciar uma "greve geral" nos territórios palestinianos ocupados "para fazer o luto pelos mártires" que já perderam a vida no enclave desde esta madrugada.