Aumentou para 103 o número total de pessoas que morreram devido às fortes inundações que, desde quarta-feira, têm afetado a parte ocidental da Alemanha, avança a emissora alemã ARD. É a maior perda de vidas em massa , em anos, no país.
No total, o mau tempo que atingiu a Europa central já fez 126 mortos. O Governo português disse, ao final da tarde de sexta-feira, que não tem conhecimento de qualquer português entre as vítimas.
Cerca de 1.300 pessoas continuam desaparecidas no distrito de Ahrweiler, a sul de Colónia, disse, de acordo com a agência Reuters, o governo do distrito na sua página de Facebook. As redes de telemóveis entraram em colapso em algumas das regiões afetadas pelas cheias, aumentando as dificuldades para famílias e amigos de encontrarem os entes queridos.
Comunidades inteiras ficaram em ruínas, após rios dilatados terem varrido cidades e aldeias nos estados da Renânia do Norte-Vestefália e Renânia-Palatinado.
A Bélgica também foi afetada pelas tempestades, contando com um total de 23 mortos e quatro desaparecidos, avança o jornal belga "Le Soir".
Esta sexta-feira de manhã, várias casas desabaram em Erftstadt, perto de Colónia, na Alemanha. As equipas de salvamento têm acompanhado os residentes que tinham regressado às suas casas apesar dos avisos em contrário, disse o governo do distrito de Colónia no Facebook.
Segundo fonte do governo, muitas pessoas ainda se encontram nas casas e várias estão desaparecidas. Uma fuga de gás criou ainda mais dificuldades durante uma operação de salvamento a pessoas encalhadas num barco.
A barragem Rurtalsperre, perto da fronteira belga, ficou inundada durante a noite, enquanto outra, a Steinbachtalsperre, permanece instável.
O parlamento da Renânia do Norte-Vestefália vai realizar uma reunião de emergência, esta sexta-feira.
O ministro do Interior alemão, Horst
Seehofer, disse à revista Spiegel que o governo federal pretende prestar apoio
financeiro às regiões afetadas o mais rapidamente possível.
(Notícia atualizada às 20h14, com informação sobre a ausência de vítimas portuguesas)