São já 18 os arguidos no processo das golas antifumo, sobre alegados crimes de fraude na obtenção de subsídio, corrupção passiva, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento.
Entre os arguidos estão Artur Neves, ex-secretário de Estado da Proteção Civil, e também Mourato Nunes, presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
A informação é confirmada à Renascença por fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de terem sido realizadas várias buscas em empresas, casas e escritórios de contabilidade, na quarta-feira.
O caso começou há cerca de um ano, quando foram apresentados dos kits antifumo, distribuídos no âmbito do programa "Aldeia Segura/Pessoas Seguras" de combate aos incêndios.
Foi depois revelado que as golas de proteção eram feitas de material inflamável. O Ministério Público abriu um inquérito poucos dias depois.
O ex-secretário de Estado José Artur Neves demitiu-se no seguimento da polémica.
A maior suspeita recai sobre fraude na obtenção de 125 mil euros em fundos comunitários.