A assembleia plenária da CEP reúne-se a partir desta segunda-feira, em Fátima, com a questão dos abusos sexuais no centro da agenda.
Depois de todas as dioceses terem criado comissões de proteção de menores e acompanhamento de casos de abusos, os bispos portugueses admitem vir a tomar outras medidas para evitar que haja encobrimentos em matéria de abusos sexuais por parte de membros da Igreja.
Em declarações à Renascença, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirma que a Igreja está empenhada em “rejeitar qualquer encobrimento, fazer justiça à vítima e respeitar a verdade histórica nas denúncias apresentadas”.
Nesse sentido, o padre Manuel Barbosa admite que a assembleia plenária da CEP, que começa na segunda-feira, pode vir “a tomar outras medidas”.
Em agenda está a abordagem da questão dos abusos de menores e adultos vulneráveis, por parte de membros do clero.
Como já é do conhecimento público, os bispos vão definir a criação de um grupo coordenador das comissões diocesanas.
Segundo o padre Manuel Barbosa, o objetivo é criar uma espécie de “manual de boas práticas” que todas as comissões possam vir a seguir em conjunto para que “se possam ter critérios e práticas mais comuns”, no sentido de “estarmos todos sintonizados neste combate ao abuso de menores e protegermos sempre as vítimas”.
Em cima da mesa dos bispos vai também estar o processo sinodal lançado pelo Papa Francisco, com a criação de um grupo que vai preparar a síntese das respostas da auscultação nas dioceses.
De volta à assembleia plenária estão o Itinerário de Iniciação à Vida Cristã, um documento que esteve em processo de auscultação sinodal nas dioceses e que incide na catequese familiar, e a Jornada Mundial da Juventude de 2023.
A assembleia plenária de novembro inclui ainda um tempo de formação sobre o Livro VI do Código de Direito Canónico, sob a orientação de D. Juan Ignatio Arrieta, secretário do Conselho Pontifício para a Interpretação dos Textos Legislativos.
[Notícia atualizada às 08h51 de segunda-feira]