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Portugal recebe, pelo segundo ano consecutivo, um Grande Prémio de Fórmula 1, mas ainda sem uma definição sobre a presença de público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve (AIA).
Logo após a confirmação oficial da realização da corrida, a 2 de maio, Paulo Pinheiro, administrador do circuito, explicou, em entrevista à Renascença, que é necessário aguardar pela evolução da pandemia de Covid-19 para tomar uma decisão.
"Vamos esperar que a situação pandémica evolua de forma positiva em Portugal e na Europa, e que nos permita ter público, em condições de segurança. Vamos analisando a situação passo a passo e mais perto da data da prova, decidir, de forma consciente, o que é melhor para todos nós. Em primeiro lugar estará, sempre, a saúde pública", afirma.
O diretor-executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, manifesta a esperança de "receber os fãs em Portimão de forma segura". "Estamos a trabalhar os detalhes do plano com o promotor", anota, numa declaração publicada no site oficial da competição.
Em outubro passado, 27 mil pessoas deslocaram-se ao Autódromo Internacional do Algarve e as imagens do evento causaram polémica. Em determinados casos não foram observadas as regras básicas de prevenção de transmissão da Covid-19.
A descida de novos casos de Covid-19, verificada nas últimas semanas em Portugal, sustentou a decisão da Fórmula 1 em selecionar Portimão para preencher a vaga em aberto no calendário.
Com ou sem público, Paulo Pinheiro destaca que "há sempre um volume de turismo assegurado pela própria organização, pela dimensão do evento e pela sua exposição mediática".
"Obviamente que, havendo público, o impacto económico é exponencialmente diferente. Mas é prematuro falar disso porque faltam cerca de dois meses para a prova. A evolução no último mês e meio tem sido muito positiva e vamos esperar que assim continue", deseja.
"Organização de 2020 fez a diferença"
O administrador do AIA acrescenta que o exemplo do ano passado contribui de forma decisiva para esta nova adjudicação. Paulo Pinheiro considera que “a organização de 2020 fez a diferença para que Portimão voltasse ao calendário da Fórmula 1 em 2021”. "No ano passado, montámos a prova em três meses, algo que nunca tinha sido feito. Foi algo único que deixou toda a gente impressionada", salienta, nesta entrevista a Bola Branca.
"Este retorno era natural", sublinha, esperando que este ano "a prova seja ainda melhor do que a do ano passado".
"Pilotos, equipas, jornalistas adoraram o circuito, a infraestrutura. Correu tudo bem, portanto, este era o retorno natural. As outras questões que não tinham ver com a estrutura e com a organização foram ultrapassadas e conseguimos obter com compromisso satisfatório para todos", anota.
O GP de Portugal, em Portimão, decorrerá entre 30 abril e 2 de maio. Será a terceira prova do Mundial de Fórmula 1, que arranca a 28 de março no Bahrein.
O nosso país entra pela segunda vez consecutiva no calendário da temporada, depois do regresso em 2020, a seguir a 25 anos de ausência.
Em Outubro passado, o circuito do Algarve consagrou Lewis Hamilton. O inglês chegou à 92.ª vitória da carreira e tornou-se no piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1, à frente do alemão Michael Schumacher.