Menezes Rodrigues, antigo vice-presidente do Sporting, admite, em entrevista a Bola Branca, estranhar as decisões do Conselho de Disciplina, a propósito do caso da garagem do Dragão, nomeadamente a ausência de castigo a Sérgio Conceição, treinador do FC Porto.
Apesar de provada a proximidade do treinador portista nos desacatos com o presidente do Sporting, Frederico Varandas, não foi possível averiguar se fez qualquer tipo de afirmação para o líder leonino. Algo que "é estranho" para o ex-dirigente dos leões, que, ironizando, atira que, "estando perto, [Sérgio Conceição] não estaria, seguramente, calado".
Reconhecendo em Varandas uma pessoa "civilizada e educada", Menezes Rodrigues gostaria de ver alterado este tipo de comportamentos.
Apontando na direção de Vítor Baía, lembra que, "pela projeção e pela responsabilidade que tem", o antigo guarda-redes devia ter dado o exemplo. Menezes Rodrigues refere, por outro lado, que ao admitir os impropérios direcionados Varandas o agora administrador portista, suspenso por 25 dias, deu "sinal de que tem alguma verticalidade".
"Timings" e métrica estranhos
Não obstante, Menezes Rodrigues realça não entender "a métrica das sanções" concedidas pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação.
Segue-se o cumprimento ou recurso dos portistas aos castigos aplicados. A serem cumpridos, sê-lo-ão em período de férias desportivas. Situação que origina um sorriso e o regresso da ironia em Menezes Rodrigues.
"É o faz de conta permanente, completamente risível. Se a justiça do CD fosse aplicada em tempo é verdade que havia consequências para alguns agentes, jogadores e dirigentes na altura. Assim, está tudo em férias, é o que temos", conclui o antigo dirigente dos leões.