A Comissão Europeia quer impor um teto máximo para os lucros das empresas produtoras de eletricidade com baixos custos e uma “contribuição solidária” das empresas de combustíveis fósseis, assim como estabelecer um limite para a compra de gás russo.
Estas três medidas, que Bruxelas quer “imediatas”, fazem parte de um pacote de propostas anunciado esta quarta-feira em Bruxelas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O objetivo, esclareceu a chefe do executivo comunitário, é “proteger consumidores e empresas vulneráveis”, numa altura em que famílias e empresas enfrentam “preços astronómicos de eletricidade” e se assiste a “uma enorme volatilidade do mercado”.
O pacote inclui ainda duas outras propostas: uma meta vinculativa para redução do consumo de eletricidade, e a facilitação de apoio à liquidez por parte dos Estados-membros para as empresas de serviços energéticos que se confrontam com problemas devido a essa volatilidade do mercado.
Estas propostas foram apresentadas pela presidente do executivo comunitário na antevéspera de um Conselho extraordinário de ministros da Energia, agendado para sexta-feira em Bruxelas, com vista à adoção de medidas ao nível comunitário para fazer face à subida galopante dos preços da energia na UE, agravada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que já entrou no sétimo mês.
“Estamos perante uma situação extraordinária, porque a Rússia é um fornecedor pouco fiável e está a manipular os nossos mercados energéticos. A nossa unidade e a nossa solidariedade assegurar-nos-ão que prevaleceremos”, declarou Von der Leyen.