Pelo menos 59 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas num ataque suicida no Paquistão, esta sexta-feira, informou a polícia.
"O processo de trasladação dos corpos e de transferência dos feridos ainda continua", indicou o diretor do Hospital Raisini ao portal de notícias paquistanês Dawn, Saied Miruani.
A publicação digital refere que "é possível que o balanço de mortos venha a aumentar nas próximas horas".
De acordo com o mesmo portal, a explosão também atingiu o chefe da polícia local, Nauaz Gishkori, pouco antes da passagem de crentes, perto da mesquita de Mastung.
"Entre os mortos encontra-se uma alta patente da polícia que estava de serviço e que acompanhava a proteção de uma procissão religiosa", disse o mesmo agente à EFE.
Um outro responsável policial de Mastung explicou à agência de notícias espanhola que um atacante suicida se imolou em frente a uma mesquita na altura em que um grupo de crentes participava numa cerimónia que assinala o nascimento do profeta Maomé.
Houve também o relato de uma segunda explosão numa mesquita perto de Peshawar, que fez pelo menos dois mortos. Acredita-se que estariam entre 30 e 40 pessoas dentro da mesquita aquando da explosão.
O atentado ainda não foi reivindicado, mas segundo a Al Jazeera, os talibãs paquistaneses, muitas vezes considerados ideologicamente alinhados com os talibãs afegãos, condenaram os dois ataques e chamaram a perda de vidas de “trágica”.
Trata-se do segundo ataque ocorrido em Mastung desde o início do mês.
No passado dia 14 de setembro, 11 pessoas ficaram feridas, entre os quais o líder do partido político e religioso Jamiat Ulema Islam (JUI), Haffiz Hamdullah, na sequência da explosão de uma bomba junto a uma estrada.
No Paquistão, ocorreram 271 ataques bombistas na primeira metade do ano provocando 389 mortes e 656 feridos, indica a EFE, citando fontes oficiais.
[atualizado às 16h54]