O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta quarta-feira, que as pensões mais baixas terão um aumento acima da inflação em 2018, o que resulta da própria lei e dos dados de crescimento económico do país.
"Como este ano vamos crescer significativamente acima dos 2% (…) significa que a aplicação da forma da lei as pensões não vão ser só actualizadas até aos dois IAS (Indexante de Apoios Sociais), todas vão ser actualizadas e as de mais baixo valor vão ter um aumento" em resultado da lei, vincou o chefe do Governo.
António Costa respondia a Catarina Martins, coordenadora do BE, que, no debate quinzenal, vincou que o Orçamento do Estado (OE) para 2018 deve prosseguir o caminho de recuperação de rendimentos e de aumento de pensões, por exemplo.
"O aumento [das pensões] tem de ser feito em 2018. Tomamos boa nota da proposta do deputado Jerónimo de Sousa do aumento das pensões em 10 euros (...) mas não chega. Como vamos responder às pessoas que têm carreiras contributivas muito longas e que foram forçados a fazer reformas antecipadas, com penalizações? Como vamos responder aos lesados do PSD/CDS?", questionou a líder do Bloco.
Naquele que foi o primeiro debate quinzenal após as autárquicas do passado domingo, Catarina Martins reiterou a necessidade de se "garantir maior progressividade" no IRS.
"Quanto ao essencial estamos de acordo: a recuperação de rendimentos tem de prosseguir e vai prosseguir", assegurou António Costa, na resposta.
Depois, a líder do BE trouxe a debate matérias energéticas, vincando ser necessário o abaixamento da factura da luz dos portugueses, e no final da sua intervenção Catarina Martins abordou a situação na Catalunha, que "não pode ter o silêncio" do executivo português.
"Não a acompanho totalmente na questão internacional que colocou", viria a responder Costa sobre este ponto.