Equipas de resgate na Turquia e na Síria continuaram esta madrugada as buscas por sobreviventes nos escombros do terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, registado na segunda-feira, que causou mais de 4.000 mortos.
Pelo menos 2.921 pessoas foram mortas em 10 províncias turcas, com quase 16.000 feridos, segundo as autoridades turcas.
O número de mortos em áreas controladas pelo governo na Síria subiu para 656 pessoas, com cerca de 1.400 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde sírio.
Grupos que operam no noroeste da Síria, controlado pelos rebeldes, disseram que pelo menos 450 pessoas morreram, com muitas centenas de feridos.
Durante a madrugada, os sobreviventes clamavam por ajuda de dentro das montanhas de escombros enquanto os socorristas lutavam contra a chuva, a neve e a descida das temperaturas.
Mais de 7.800 pessoas foram resgatadas em 10 províncias, de acordo com Orhan Tatar, funcionário da agência de gestão de desastres da Turquia.
Somente na Turquia, mais de 5.600 edifícios foram destruídos, disseram as autoridades. Hospitais foram danificados e um desabou na cidade de Iskenderun, no sul do país.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, instou na segunda-feira a comunidade internacional a ajudar milhares de famílias atingidas, salientando que "muitas já necessitavam urgentemente de ajuda humanitária".
Dezenas de países já anunciaram que vão enviar ajuda, pessoal e equipamentos para ajudar nos esforços de resgate.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) já adiantou que o poderoso terramoto causou grandes danos à Cidade Velha de Aleppo e Diyarbakir, dois locais Património Mundial.
O sismo de segunda-feira foi um dos mais fortes em 100 anos, a par do que abalou Erzincan, no leste da Turquia, em 26 de dezembro de 1939, também com magnitude de 7,8. EsOte terremoto de 1939 deixou mais de 32.000 mortos e provocou um ‘tsunami’ no Mar Negro, localizado a cerca de 160 quilómetros do epicentro.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, decretou luto nacional de sete dias e, de acordo com o decreto publicado na segunda-feira pelo Governo, as bandeiras serão colocadas a meia haste até ao pôr do sol de domingo.