Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O vice-presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) avisa que se a tendência evolutiva dos números da pandemia não for travada, os ajuntamentos familiares para celebrar o Natal podem estar em risco.
Comentando na Renascença a possibilidade de novas medidas de confinamento, admitidas pela ministra da Saúde, Gustavo Tato Borges sublinha que “a abertura da senhora ministra para que haja outras medidas restritivas para controlar a pandemia é boa, em termos técnicos, mas a nós, cidadãos, isso deve soar como um alerta para que, em breve, mudando os nossos hábitos diários, possamos chegar perto do Natal com uma baixa quantidade de casos, com um índice Rt a descer”.
Caso contrário, Tato Borges admite que “o Natal vai ter de ser um pouco mais restritivo e não aquele Natal que todos ansiamos que seja festivo, de convívio e de contacto entre todos. Mas, para isso, precisamos todos agora de ter um pouco mais de controlo nas nossas ações”.
Por outro lado, Gustavo Tato Borges recomenda uma “diminuição de utilização de espaços onde não seja possível utilizar máscara, como discotecas, bares e outros convívios que, neste momento, tem avançado muito na sua realização, o que faz com que haja mais situações de risco”. E, também, “que passem a estar mais atentos aos sintomas que aparecem, porque temos encontrado muitas pessoas com sintomas há mais de uma semana e que nunca fizeram o teste, porque nunca se lembraram que podia ser Covid”.
O vice-presidente da ANMSP admite, por outro lado, o que diz ser uma falha de comunicação na medida em que, segundo diz, o sucesso da campanha de vacinação contra a Covid-19 poderá ter resultado na perceção de um alívio das boas regras.
“Para a proporção de casos novos que temos, nós temos uma mortalidade bastante baixa. O que aconteceu foi uma má comunicação, em que se passou a mensagem que se tivéssemos 85% de população vacinada, deixaríamos de ter problemas de pandemia… é como conduzir um carro: temos cinto de segurança, travões e moderação de velocidade e é assim que evitamos ter acidentes. Para a pandemia, temos a vacinação, o uso da máscara e o distanciamento físico. E é assim que evitamos os novos casos”, constata Gustavo Tato Borges.