A cerca de um mês da terceira edição da Web Summit em Lisboa, Paddy Cosgrave anuncia que o evento vai ficar em Lisboa até 2028.
No anúncio oficial, esta quarta-feira de manhã no Altice Arena, o primeiro-ministro português salientou a importância desta conquista, dizendo que a realização da Web Summit em Portugal “é mais do que um motivo de atração turística”, é “projetar uma imagem do nosso país como país da inovação e da tecnologia, que dá de si próprio a limagem de que é capaz de atrair empresas altamente tecnológicas, que criam emprego”.
No fundo, resumiu, é um passo “importante para continuarmos a construir o país que queremos construir”. “Portugal é um país de oportunidades e tem a legítima ambição de ter emprego e com bom salário”, afirmou ainda António Costa.
No mesmo sentido foi o discurso do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que pretende “fazer de Lisboa uma capital da inovação e do empreendedorismo”.
“O que fazemos aqui, com este anúncio, é dar força ao setor moderno, que progride, que avança, que puxa pelo melhor da nossa economia para nos podermos afirmar na economia mundial. É um passo decisivo para que Lisboa seja esta capital que todos ambicionamos” e que “vai permitir um incremento na vida económica do país”, defendeu.
Com a realização da Web Summit em Lisboa até 2028, procura-se “efeitos de longo prazo, estruturais, que mudam a imagem da cidade e do país”, afirmou ainda o autarca lisboeta.
Mas, para tal, é importante que saibamos aproveitar as oportunidades – e é o desafio que agora se apresenta.
“Durante estes 10 anos, Lisboa vai saber as oportunidades para atrair investimento e emprego e ser uma cidade de referência nos serviços, em particular nas áreas tecnológicas”, previu Fernando Medina.
Uma nova FIL
Para ganhar a Web Summit durante 10 anos, Lisboa teve de se comprometer a criar as condições necessárias.
“Não tínhamos instalações e por isso, o que fizemos, foi pôr mãos à obra, pôr-nos ao trabalho, mobilizar sinergias e construir uma proposta de como este complexo pode crescer”, disse o presidente da Câmara da capital.
Fernando Medina diz que se fez o “o exercício ao contrário: como vamos criar as instalações para podermos concorrer, ganhar e procurar novos eventos, novas formas de rentabilizar estas instalações”, em vez de desistir por não existirem as condições.
O autarca recordou, a propósito, “o espírito de transformação com que a Expo 98 foi feita”.
“É quando pensamos, não nas impossibilidades, mas nos futuros que queremos construir”, resumiu.
Na sua intervenção, o fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, agradeceu aos restantes candidatos, mas disse que o seu coração “está em Lisboa”.
“Tem sido um longo caminho. Quando vemos que as maiores economias da Europa, como Itália, Espanha, França, Alemanha e Reino Unido querem mesmo a nossa presença, eu tenho de agradecer a todos pelo tempo que gastaram. Agradecer a Theresa May e Pedro Sanchez, que fizeram propostas excelentes. Foram muito profissionais e tenho de agradecer isso. Mas, no final, o meu coração e o da minha equipa está em Lisboa e conseguimos que resultasse. Portanto, acho que vamos construir um futuro incrível aqui”, afirmou.
A Web Summit realizou-se pela primeira vez em Lisboa há dois anos.