Em mensagem enviada ao Meeting de Rimini que começa esta sexta-feira, o Papa afirmou que "reiniciar é a palavra de ordem", reconhecendo que a sociedade tem "necessidade vital de pessoas que sejam presenças responsáveis".
“Depois do que vivemos neste tempo, talvez seja mais evidente para todos que precisamente a pessoa é o ponto a partir do qual tudo pode recomeçar. Certamente existe a necessidade de encontrar recursos e meios para colocar em movimento a sociedade, mas antes há a necessidade de alguém que tenha a coragem de dizer ‘eu’ com responsabilidade e não com egoísmo, comunicando com a própria vida para que seja possível começar o dia com esperança confiável", lê-se na mensagem enviada ao Bispo de Rimini, D. Francesco Lambiasi.
Este encontro do movimento "Comunhão e Libertação" tem como tema "A coragem de dizer eu", o que, para Francisco, "ganha relevância" no momento em que se trata de "recomeçar com o pé direito, para não desperdiçar a oportunidade" proporcionada pela crise pandémica.
Francisco explica que "a coragem de dizer eu" vem graças ao fenómeno chamado encontro, "desde o dia em que se fez carne e veio habitar entre nós, Deus deu ao homem a oportunidade de sair do medo e de encontrar a energia do bem seguindo o seu Filho, morto e ressuscitado".
Aproveita para lembrar que a pandemia da Covid-19 impôs um distanciamento físico, mas ao mesmo tempo "recolocou no centro a pessoa, o eu de cada um", levando a fazer algumas perguntas fundamentais sobre "o sentido da existência e sobre a utilidade de viver, que por longo tempo estavam latentes, ou mesmo censuradas".
Desencadeou ainda, frisou o Papa, "o sentido de uma responsabilidade pessoal, muitos testemunharam isso em diferentes situações. Diante da doença e da dor, diante do surgimento de uma necessidade, muitas pessoas não se esquivaram e disseram: Eis-me aqui".
Neste contexto, Francisco sublinha que a sociedade tem uma "necessidade vital de pessoas que sejam presenças responsáveis".
O Santo Padre deseja que os organizadores e convidados "deem um testemunho vivo", durante a semana do encontro, e lembra que a alegria do Evangelho "infunde a audácia de percorrer novos caminhos".
O programa inclui debates, concertos, teatro, filmes, exposições, entre muitas outras atividades ligadas a diversas áreas desde a política, economia, religião, ciência, questões sociais, culturais e desporto.