O ministro das Finanças, Fernando Medina, "é um peso morto no Governo" e devia pedir a demissão, afirma o presidente do PSD, Luís Montenegro.
O líder social-democrata falava minutos depois de serem conhecidos os sucessores de Pedro Nuno Santos no Governo. João Galamba é o novo ministro das Infraestruturas e Mariana Gonçalves é a nova ministra da Habitação.
“Ninguém sabe que Governo é este que depois de nove meses de mandato já perdeu titulares de ministérios em áreas fundamentais como a saúde ou a mobilidade e a habitação. Já perdeu um adjunto direto do primeiro-ministro e também já perdeu o ministro das Finanças”, ironizou.
“A propósito da secretária de Estado do Tesouro demissionária, o ministro das Finanças já perdeu a sua autoridade política. Um ministro das Finanças sem autoridade política é um peso morto no Governo. O ministro das Finanças já tinha dado completamente sinais errados e imprevidentes no verão, mas agora a situação é intolerável”, referiu Montenegro.
"Se o ministro das Finanças não sabia do percurso nos últimos meses da pessoa que convidou, percurso ele no qual até participou parcialmente, isso significa displicência e negligência grosseira”, prosseguiu o presidente do PSD.
Mas se "o ministro das Finanças, pelo contrário, sabia e está a ocultar a verdade, isso significa inaptidão para ser membro do Governo”, sublinhou.
O presidente do PSD acusou ainda o primeiro-ministro se ser o único responsável pela atual crise governativa que se vive em Portugal.
“A crise do Governo só tem um responsável: António Costa”, afirmou na declaração feita nesta tarde de segunda-feira.
“No momento da maior crise do Governo, o primeiro-ministro desapareceu. Ninguém o ouviu nestes dias, não deu explicações e vai reaparecer hoje de braços caídos, a ir ao banco de reservas fazer uma remodelação que, em bom rigor, nem isso é. Não entra ninguém novo no Governo na altura mais critica da vida do Governo”, continuou.
"Estamos aqui para sermos oposição hoje e alternativa de Governo amanhã”
Para o líder do PSD, "o Dr. António Costa perdeu definitivamente a capacidade de recrutamento. Estas promoções são simplesmente ir buscar aparelho ao aparelho”.
Ainda assim, Montenegro considera que "este não é um tempo para abrirmos uma crise política em cima de uma crise social que atinge tão fortemente as famílias e as empresas portuguesas", porém "estamos e estaremos aqui para sermos oposição hoje e alternativa de Governo amanhã”.
“O PSD não tem pressa não tem pressa para ir para o Governo, mas o país tem pressa de ter um bom Governo e, por isso, sentimos que são cada vez mais os portugueses que querem e ambicionam um Governo do PSD”, acrescentou.
O líder social-democrata sisse ainda que “Portugal e os protugueses não querem, e creio que não gostam, de interrupções de legislaturas, mas se essa hora chegar estaremos preparados e não faltamos a Portugal”.
Já a terminar, garantiu que o seu partido "será sempre um porto de abrigo, um porto seguro para construirmos o futuro de Portugal. Não nos resignamos a pântanos, a banca rotas e muito menos ao empobrecimento. Não queremos Portugal na cauda da Europa. Temos uma nova força e trataremos de dar a Portugal um novo caminho”.