No Lar de Nossa Senhora das Dores, em Vila Real, permanecem 58 utentes e 9 funcionários. Estão a ser ajudados por três elementos da Cruz Vermelha, dois geriátricos e uma psicóloga e por seis militares do exército, sendo um deles enfermeiro.
“Aguardamos a qualquer momento o resultado das análises que ontem o INEM fez a 75 pessoas, entre utentes e funcionários, e em função desses resultados desencadearemos uma operação para transportar os utentes para o Porto, para Braga, em função de serem casos positivo ou negativo nos testes de Covid-19”, refere o presidente da autarquia.
Segundo o presidente da Câmara de Vila Real, trata-se de “uma operação logística complicada que envolverá mais de 22 viaturas, cerca de 50 bombeiros e ainda outros veículos que não especializados para transporte de doentes”.
Após a evacuação do Lar será feita uma desinfeção a todo o espaço pelo Exército Português. “Essa desinfeção permitirá que aquele espaço possa ser reutilizado o mais depressa possível, em função das necessidades que possam vir a surgir”, acrescenta o autarca.
Após a reunião da Comissão Nacional da Proteção Civil Municipal, Rui Santos fez saber que Vila Real vai ter um centro de testes privado que permitirá, desde que prescritos por profissionais de saúde, que aqueles que são suspeitos possam testar fora do centro hospitalar. “É uma boa medida e que vai ao encontro das nossas pretensões e reivindicações”, realça.
O presidente da autarquia vilarealense anunciou também uma maior vigilância das forças de segurança às pessoas a quem foi decretado isolamento.
“A partir de hoje a PSP e a GNR terão a lista das pessoas que estão em isolamento profilático e poderá, a qualquer momento, bater-lhe à porta. E se as pessoas não estiverem em isolamento ou têm uma muito boa justificação ou podem incorrer em crime”, avisa Rui Santos.
A autarquia está também a estudar a instalação de uma estrutura de campanha, “para rapidamente poder resolver situações de emergência e aí colocar camas que venham a ser necessárias para fazer face a solicitações e a imprevistos”.
De acordo com o autarca, já foi identificada uma infraestrutura e já há conversações com a instituição no sentido de ter 150 camas disponíveis, sendo que a oferta “poderá crescer à medida das necessidades”.
A Câmara de Vila Real decidiu ainda lançar uma bolsa de voluntários. Para tal, vai ser criada “uma plataforma digital que permitirá que todos aqueles que estejam disponíveis para fazer face a uma emergência, possam ajudar a Câmara e todas as instituições de proteção civil a serem agentes de proteção civil”, explica o autarca, renovando o apelo às pessoas para ficarem em casa.
“Vamos ganhar esta guerra. Juntos vamos ganhar”, conclui o autarca de Vila Real.