O PS de Lisboa quer saber onde está o altar-palco do Parque Tejo que foi usado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Agosto e, esta quinta-feira, vai confrontar o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, sobre esta questão em reunião da Assembleia Municipal.
Em declarações à Renascença, o líder da bancada municipal do PS, Manuel Portugal Lage, questiona: "Onde estão os 4 milhões de euros que foram utilizados para a construção do altar-palco?"
O deputado municipal do PS recorda que o presidente da autarquia, Carlos Moedas, prometeu que aquela seria "uma infraestrutura para a cidade de Lisboa" e conclui que o altar-palco "não só não serve para futuras utilizações, o altar-palco desapareceu, não está lá".
Na zona do Parque Tejo onde, em Agosto, decorreram as cerimónias com a presença do Papa Francisco, mantém-se a cobertura em metal, mas o altar-palco foi retirado. Para Manuel Portugal Lage são "4 milhões de euros do erário público que foram conseguidos e cujo empréstimo foi garantido com o voto do PS".
Esta é uma das questões que a bancada municipal dos socialistas irá colocar esta quinta-feira ao vice-presidente da Câmara de Lisboa, mas, na audição, Filipe Anacoreta Correia será ainda confrontado com a questão da isenção de taxas da autarquia à realização do Rock in Rio no Parque Tejo.
Manuel Portugal Lage explica à Renascença que o PS "agora que está na oposição não está contra a isenção de taxas". Não está contra, acrescenta o deputado municipal, "desde que essa isenção sirva para, em certa medida, colmatar alguma falha do terreno público e que ela possa ajudar o promotor a colmatar essa falha".
O socialista exemplifica com o que se passa com o Parque Tejo e o Rock in Rio: "Havendo um palco que já está instalado no Parque Tejo, que não estava na Bela Vista, não faz sentido a isenção total de taxa."
Contas feitas, o deputado do PS considera que "quando somamos aos 4 milhões a uma isenção de 3 milhões de euros, já não estamos a falar de 3 milhões de euros, mas de 7 milhões de euros".
A audição de Filipe Anacoreta Correia na Assembleia Municipal, no Fórum Lisboa, decorre esta quinta-feira depois de ter sido conhecido no início do ano o relatório que a autarquia produziu sobre a realização da JMJ.