O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) desmente a ministra da Justiça, Francisca Van Dunnen, que acusa os sindicalistas de não responderem às propostas da governo.
O dirigente Jorge Alves diz que o Ministério da Justiça enviou um e-mail a 20 de dezembro, que, como não chegou à posse do sindicato, foi reenviado a 3 de janeiro e, garante, houve resposta no dia a seguir
“Na primeira resposta, colocaram três situações, mas não desenvolveram: atual tabela da PSP, a promoção de 103 guardas principais, e a contratação de uma empresa externa para a avaliação do guarda prisional”, afirma Jorge Alves.
Alves diz que na missiva enviada à ministra, o sindicato aceitava as três questões, mas “em cada uma delas perguntámos como é que se desenvolviam”.
“Queremos que ponham por escrito como contavam materializar a aplicação da tabela [eu equipara à PSP], se nos que passam de nível e começam a contar do zero”, identifica.
Jorge Alves afirma que desde dia 4 de janeiro que "não temos resposta”. “Do ministério, até agora, nada”, afirma à Renascença.
Para o sindicalista, “há uma enorme falha entre a secretária de Estado e a ministra”.
O SNCGP afirma que se não houver diálogo “vamos ter de pensar em novas formas de luta”.
“Não queremos estar a negociar com ameaças de greve, mas eles não podem dizer que a bola está do nosso lado porque não está”, sintetiza.
Esta quarta-feira no Parlamento, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunnen, acusou os sindicalistas de não responderem às propostas do governo.