A Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo (Scalabrinianas), com sede geral em Roma, decidiu criar a “Fundação Scalabriniana” para apoiar migrantes e refugiados do mundo.
O novo organismo quer também influenciar as políticas internacionais de apoio aos migrantes e refugiados.
“Nos últimos anos, 272 milhões de pessoas deixaram as suas casas devido a perseguições, conflitos, problemas económicos e ambientais”, refere a animadora geral do apostolado da Congregação, irmã Janete Ferreira, à agência missionária Fides, assinalando que “todos os dias, milhares de pessoas cruzam as fronteiras dos seus países de origem para proteger as suas vidas ou, simplesmente, para encontrar algo para comer”.
“Decidimos criar esta Fundação, fiéis ao nosso carisma, a fim de responder aos migrantes que sofrem”, explica a irmã Janete Ferreira.
Segundo a religiosa, a fundação, agora criada, quer “contribuir para o desenvolvimento dos migrantes, para gerar alianças e redes de cooperação a nível nacional e internacional, trabalhando pelos direitos e pela construção da paz, da justiça, da solidariedade e da interculturalidade”.
Apesar de na América do Norte, o ‘sonho americano’ estar a “causar ondas de famílias que tentam entrar nos EUA, provenientes do México e da América Central” e na América do Sul, “a crise económica da Venezuela estar a provocar um fluxo sem precedentes de migrantes, especialmente para a Colômbia, Equador e Peru”, é a União Europeia que “está no centro dos pedidos de ajuda de muitos migrantes que cruzam, talvez, uma das rotas mais perigosas do mundo, o Mediterrâneo”, refere a irmã Janete Ferreira.
A Congregação das Missionárias Scalabrinianas foi fundada há 125 anos, estando a decorrer, desde dia 9 de novembro, data em que se assinala o 25º aniversário da beatificação do fundador, João Batista Scalabrini, testemunha exemplar de vida cristã, missionária e pai dos migrantes, o Ano Scalabriniano.