O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, defende que se deve avançar com sanções contra Israel. A proposta vai ser apresentada por Portugal na próxima segunda-feira, em Bruxelas, na reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia.
João Gomes Cravinho defende que esta é uma medida necessária em relação aos colonos israelitas na Cisjordânia para evitar que o conflito alastre na região.
“Na próxima segunda-feira teremos reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros, em Bruxelas, e irei propor aos meus colegas que olhemos para a possibilidade de aplicar sanções contra os colonos que estão, com a sua atividade ilegal, a criar ainda maior perigo de alastramento deste conflito na Cisjordânia", afirmou João Gomes Cravinho em declarações à RTP.
"Infelizmente, vemos que as forças armadas israelitas não estão a ter a atuação que deveriam ter de repressão desta atividade dos colonos e, portanto, creio que devemos avançar para as sanções”, justificou o ministro.
O Departamento de Estado norte-americano também anunciou, na terça-feira, que vai proibir a concessão de vistos aos colonos extremistas israelitas envolvidos em atos de violência contra civis palestinianos na Cisjordânia.
Noutro plano, João Gomes Cravinho adiantou ainda que não há, para já, possibilidade para retirar da Faixa Gaza os seis luso-israelitas reféns do Hamas, relembrando que é necessário um novo cessar-fogo.