O julgamento do processo Football Leaks foi suspenso por 14 dias, devido à confirmação de um teste com resultado positivo ao novo coronavírus, que provoca a Covid-19, de familiar de um dos juízes do coletivo.
Cerca de 15 minutos depois do arranque da 27.ª sessão do julgamento, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, o coletivo de juízes interrompeu de forma abrupta a sessão, com a presidente do coletivo, Margarida Alves, a regressar pouco depois para explicar que a audiência teria de ser suspensa, devido à informação recebida de um teste positivo ao vírus SARS-CoV-2 do familiar de um dos juízes.
"Vamos interromper o julgamento para os próximos 14 dias. Não sei quando poderemos retomar, serão depois notificados", declarou a presidente do coletivo de juízes.
Rui Pinto, de 32 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto, "devido à sua colaboração" com a Polícia Judiciária e ao seu "sentido crítico", mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.