Pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas num atentado suicida levado a cabo este domingo em Sayeda Zeinab, no distrito da capital síria, Damasco. Os atentados foram, entretanto, reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico.
Segundo o Ministério do Interior da Síria, uma viatura armadilhada rebentou e dois homens fizeram-se explodir junto a uma mesquita xiita. Vários edifícios e carros ficaram danificados.
Esta zona do sul da capital síria é muito populosa e um local de peregrinação para os xiitas do Irão, do Líbano e de outras partes do mundo muçulmano.
As explosões ocorrem no dia em que representantes do Governo sírio e do principal grupo da oposição começam, em Genebra, conversações de paz organizadas pelas Nações Unidas.
A posição exige o fim dos ataques aéreos e dos bloqueios como condição para negociar com o Governo de Bashar al-Assad e deverá encontra-se este domingo com o enviado da ONU.
As Nações Unidas prevêem que as negociações se prolonguem por seis meses, podendo estender-se depois, com vista a conseguir um acordo político mais definitivo.
Em cinco anos, a guerra civil na Síria já provocou 250 mil mortos e 11 milhões de deslocados, muitos dos quais fugiram para a Europa.
No sábado, 39 migrantes, entre eles crianças, morreram no mar Egeu quando tentavam chegar à ilha grega de Lesbos.
[actualizado número de vítimas às 23h40]