Pelo menos 11 pessoas morreram e uma está dada como desaparecida na sequência das fortes chuvas registadas na madrugada deste domingo no Rio de Janeiro e nos arredores desta cidade brasileira, segundo informaram os bombeiros locais.
Um balanço anterior dava conta de sete mortos e um desaparecido, de acordo com os bombeiros locais.
Um homem morreu na sequência de um deslizamento de terras e dois outros devido a descargas elétricas, embora a maioria se tenha afogado, referiu o corpo de bombeiros do estado, notando a ocorrência de 230 incidentes relacionados com a chuva nas últimas 24 horas.
Uma mulher está desaparecida depois do veículo que conduzia ter caído no rio Botas na noite de sábado.
Embora a chuva tenha diminuído na tarde de domingo, o prefeito da segunda maior cidade do país, Eduardo Paes, decretou situação de emergência no município e aconselhou à população a evitar viajar e a permanecer em locais seguros.
"Não forcem ficar passando em áreas alagadas, você coloca a sua vida em risco, atrapalha os agentes públicos", alertou o responsável, num vídeo publicado na rede social X.
Em algumas zonas da cidade, choveu um total de 200 milímetros/hora nas últimas 24 horas, mais do que o previsto para todo o mês de janeiro.
Em certos troços da Avenida Brasil, uma das principais artérias da cidade, a água chegou às capotas dos automóveis, tendo a área sido fechada durante a noite.
Na manhã de domingo, o temporal obrigou ao encerramento de importantes vias de acesso à cidade, como a Avenida Brasil, e ao encerramento de algumas paragens de metro e autocarro, principalmente na zona norte da cidade.
Além disso, foram encerrados parques devido ao perigo da queda de árvores e cancelados os ensaios das escolas de samba que se preparam para o carnaval, que deverá atrair centenas de milhares de visitantes daqui a um mês.
As inundações também deixaram um hospital na zona norte sem energia elétrica durante parte do dia, segundo as autoridades locais.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, falou por telefone com os prefeitos da região e garantiu "todo o apoio" do Governo federal e assistência à população afetada, de acordo com um comunicado da presidência.
O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou as mortes e disse estar a trabalhar para evitar novas perdas.
[notícia atualizada às 7h40 de 15/01]