Liz Truss durou apenas 45 dias como primeira-ministra do Reino Unido, mas o curto tempo como chefe de Governo faz com tenha direito a receber um subsídio de até 130 mil euros por ano.
O Subsídio de Custos de Serviços Públicos (PDCA) é um programa do governo britânico que foi introduzido em 1990 de maneira a “ajudar ex-primeiros-ministros ainda ativos na vida pública”.
Assim, Liz Truss terá direito a até 115 mil libras por ano, ou 131 mil euros, que se traduzem em quase 11 mil euros por mês. Para efeitos de comparação, o salário do primeiro-ministro português, António Costa, é de cerca de metade: 5.436,6 euros. O do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é de pouco mais de 7.500 euros por mês.
Segundo o próprio site do executivo do Reino Unido, o subsídio reembolsará os antigos primeiros-ministros das despesas de gabinete e secretariado decorrentes das suas funções públicas, com os pagamentos a serem feitos apenas para cobrir o custo real de continuar a cumprir deveres públicos.
Keir Starmer, o líder do Partido Trabalhista, já veio pedir que Truss não aceite o subsídio, considerando que “não mereceu o direito a reinvidicá-lo”, tal como o líder dos Democratas Liberais, Ed Davey, que comparou o apoio a uma “pensão do Estado” que é “muitas vezes” superior ao que trabalhadores podem esperar de reforma.