Os diretores escolares garantem que está tudo preparado para a época de exames que decorre até ao dia 23 de julho.
A principal preocupação é a de assegurar o distanciamento entre os alunos e, por isso, para a realização dos exames, como disse à Renascença o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolas (ANDE) foram escolhidos os espaços mais amplos das escolas, como “auditórios, ginásios e refeitórios, todos os espaços mais amplos vão ser usados e adaptados”. O objetivo é que os alunos façam “os exames nas condições de higiene e segurança absolutamente necessárias”.
Manuel Pereira, garantiu ainda que, na falta de espaços amplos nas escolas, foram assegurados outros, em colaboração com as autarquias para “utilizar os recursos disponíveis na comunidade, como sejam pavilhões gimnodesportivos ou salas de associações”.
Garantir o distanciamento entre os alunos é fundamental, para que durante a elaboração do exame, e em caso de necessidade, possam retirar a máscara, como disse ainda o presidente da ANDE.
Uso de máscara preocupa alunos, que criticam falta de informação
No dia em que começam os exames, os alunos ainda têm muitas dúvidas quanto aos procedimentos. As queixas têm chegado à Associação Juvenil Inspiring Future. Eduardo Filho lamenta que os alunos não saibam com antecedência, o espaço onde vão realizar os exames, “não tenham qualquer indicação, sobre se devem levar, ou se lhes é oferecida uma máscara, se vão ter de usar a máscara durante todo o período do exame e também não sabem sequer se podem beber água”.
Mas as críticas não se ficam por aqui. Também a própria estrutura do exame merece reparos. Este ano, para além das perguntas que contam obrigatoriamente para a classificação final, também há blocos em que conta a melhor resposta, de um determinado número de perguntas. Para Eduardo Filho, essa situação gerou “muita confusão entre os alunos”, porque “num exame podem responder a 8 em 10 perguntas, outro 12 em 18 perguntas”.
Ainda assim, segundo o presidente da Inspiring Future, os alunos consideram que esta estrutura “é benéfica”. O objetivo é responderem a todas as perguntas e os professores classificadores apenas validam as melhores respostas, de um determinado número de perguntas.
Este ano os exames contam apenas como prova de ingresso no ensino superior, a nota não tem qualquer peso para as contas da classificação dada pela escola, ou seja, para a nota interna.
Mais de 151 mil alunos estão inscritos para esta primeira fase de exames nacionais. Vão ser feitas quase 255 mil provas pelos alunos do 11º e 12º anos.