O pessoal de cabine da transportadora aérea de baixo custo Ryanair está em greve, esta sexta-feira, em vários países europeus, entre os quais Portugal. A companhia aérea anunciou o cancelamento de pelo menos 150 voos, mas outras ligações poderão também ser afetadas.
Ao início da manhã, mais de 20 voos da Ryanair de e para Portugal já estavam cancelados. No aeroporto de Lisboa, há quatro cancelamentos nas chegadas e outros cinco nas partidas. No Porto, pelo menos 14 voos não se vão realizar (sete chegadas e sete partidas).
A paralisação foi convocada pelos tripulantes de cabine das bases de Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda, Itália e Alemanha, pelo que as ligações entre estes países são as mais afetadas.
A companhia aérea irlandesa está há vários meses envolvida em conflitos laborais com os seus trabalhadores nos vários países europeus, que se queixam de que a empresa não cumpre as leis laborais dos países onde estão sediados, violando os seus direitos.
A Ryanair comprometeu-se, na quarta-feira, a negociar os acordos coletivos com os tripulantes de cabine antes do fim do ano, incluindo salários, tempos de descanso e contratações diretas de pessoal.
A companhia irlandesa comprometeu-se ainda a negociar com os pilotos, antes de 31 de dezembro, matérias salariais, turnos, licenças anuais, mudanças de base e progressões nas carreiras.
Segundo a empresa, a greve deverá afetar cerca de 30.000 passageiros, que foram informados do cancelamento do seu voo, assim como das opções disponíveis. Em comunicado, a empresa irlandesa fala de uma "desnecessária greve por uma pequena minoria de tripulantes de cabine" e garante que mais de 90% dos voos agendados não serão afetados.