Foi com “todas as razões” que a CGTP saiu à rua para a manifestação do Dia do Trabalhador para percorrer a Avenida Almirante Reis, em Lisboa, desde o Martim Moniz até à Alameda Afonso Henriques.
À Renascença, a secretária-geral Isabel Camarinha critica os apoios do Governo, que considera serem “meros paliativos”.
“Não é suficiente, de forma alguma, aquilo que o governo tem feito. São medidas que são pequenos paliativos. Nós precisamos de fazer a cirurgia, não de pôr pensos rápidos”, afirmou.
A sindicalista critica ainda as pequenas medidas do Governo para combater a pobreza: “O IVA Zero de 30 € de apoio às famílias mais carenciadas são para um milhão de famílias no nosso país. É uma vergonha que o nosso país tenha mais de 1 milhão de famílias em situação de carência”, disse, considerando que o que “garante uma vida digna” é o aumento dos salários e pensões, a garantia dos direitos dos trabalhadores e o investimento nos serviços públicos.
Em discurso, durante a tarde, Camarinha acusou o Governo de "cortar direito e serviços públicos", defendendo um "aumento geral de todos os salários" porque "muitos ficam com cada vez menos".