Salvador Malheiro, diretor da campanha de recandidatura de Rui Rio ao PSD, considera que Paulo Rangel encabeça uma “candidatura de afronta” que “ninguém percebe”.
Em declarações à Renascença, Salvador Malheiro confirma a decisão de Rui Rio avançar com uma recandidatura à liderança do PSD, que vai ser apresentada até ao fim de semana, em data e local a anunciar.
O diretor de campanha de Rui Rio considera que o líder do PSD cumpriu “todos os objetivos” nos últimos dois anos de mandato e não compreende a decisão do eurodeputado Paulo Rangel de passar de apoiante para desafiador da liderança do partido.
“Ninguém percebeu, até à data, como é que depois de dois anos de um mandato em que todos os objetivos foram cumpridos, surgiu esta candidatura de afronto, de alguém que até há dois anos esteve na primeira linha de apoio a Rui Rio.”
Salvador Malheiro destaca “as eleições na Madeira em que voltámos a ser governo, as eleições nos Açores em que o PSD formou governo depois de toda a gente prever uma vitória do PS por maioria absoluta, depois de termos contribuído mais uma vez para que o Presidente da República fosse um distinto militante e ex-presidente do PSD e, depois desta vitória política nas autárquica”.
O também vice-presidente do PSD considera que a recandidatura de Rui Rio é “perfeitamente natural” e totalmente legítima, face aos últimos resultados do partido.
“Se, anteriormente, algumas pessoas poderiam questionar o facto de Rui Rio se voltar a candidatar, neste momento, é algo perfeitamente natural e, sobretudo, sentindo que o Governo apresenta um enorme desgaste, está moribundo e que este élan das autárquicas poderá dar também um grande élan para a conquista do país.”
Salvador Malheiro argumenta que Rui Rio não atuou a pensar em táticas políticas, mas sim no partido e no país “acima dos seus interesses pessoais”.
“Se ele fosse uma pessoa tática, tinha anunciado a recandidatura no dia do resultado das eleições autárquicas. Mas não. Ele deixou o partido respirar, refletir sobre o resultado das autárquicas e deixou também que outros pudessem dizer ao que vinham, respeitando ou não o grande resultado do PSD nas autárquicas”, defende o diretor de campanha de Rui Rio em declarações à Renascença.