Pelo menos 22 pessoas morreram e 36 ficaram feridas na cidade de Bria, na República Centro-Africana, em confrontos entre milícias cristãs e muçulmanas.
De acordo com a MINUSCA, a missão de paz das Nações Unidas, entre as vítimas estão 17 civis e os combates levaram 10 mil pessoas a fugir da zona.
A milícia muçulmana Seleka e os cristãos da anti-balaka envolveram-se em combates para tentar controlar uma pista de aviões e realizaram uma onda de saques, que obrigaram o pessoal humanitário a refugiar-se na base dos capacetes azuis.
“Os combates entre grupos armados em Bria e noutros pontos da República Centro-Africana têm que parar”, apela Diane Corner, a número dois da MINUSCA, em comunicado.
“Estes actos de violência cometidos por grupos armados na última semana mataram dezenas de homens, mulheres e crianças inocentes, privaram famílias do seu lar e dos seus meios de subsistência”, lamenta a responsável da ONU.
A força internacional reforçou o seu contingente nas cidades de Bangassou e Alindao, que também foram assoladas pela violência nos últimos dias.
De acordo com a Cruz Vermelha, 115 cadáveres foram encontrados em Bangassou, depois de vários dias de confrontos.
Comandos portugueses, que estão na República Centro-Africana ao serviço das Nações Unidas, participaram esta semana no salvamento do bispo de Bangassou, Juan Jose Aguirre, avançou o jornal espanhol “Religión Digital”.