Schäuble diz que Centeno é o Ronaldo do Ecofin. Marcelo acha que "é comparável”
24-05-2017 - 16:14

"Quem quer que disse isso, por uma vez não pensou mal", defendeu o Presidente da República quando confrontado com um comentário que o ministro das Finanças alemão terá feito, durante a última reunião do Ecofin.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou, esta quarta-feira, a comparação que o ministro das Finanças alemão terá feito entre Mário Centeno e o futebolista Cristiano Ronaldo.

Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, após um almoço com o primeiro-ministro luxemburguês, Marcelo reagiu à informação divulgada pela newsletter da versão europeia do site POLITICO, que alega que o ministro das finanças alemão terá comparado o seu homólogo português ao craque madeirense do Real Madrid, na última reunião do Ecofin.

"Quem quer que disse isso, por uma vez não pensou mal", defendeu o Presidente da República quando questionado sobre as palavras do ministro alemão.

"Já tive ocasião de felicitar todos os portugueses pela saída do Procedimento por Défice Excessivo, pela consistência, pelo trabalho. Se o resultado é comparável ao mérito de Ronaldo? Sim", afirmou o Presidente português.

Também o primeiro-ministro luxemburguês falou sobre as alegadas declarações, considerando que o mérito da saída do país do procedimento por défice excessivo era de todo um país que fez o esforço para atingir esses resultados e “não graças a um ministro”.

Quando questionado sobre a possível substituição do actual presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijesselbloem, o primeiro-ministro luxemburguês defendeu que essa questão “não se coloca por enquanto”, já que o governo não mudou, escusando-se assim a responder se estaria disponível para apoiar o nome de Centeno para a presidência do Eurogrupo.

O ministro português foi um dos nomes falados para suceder a Dijesselbloem como presidente do Ecofin. Em Abril deste ano, António Costa confirmou, em entrevista à Renascença, que o ministro português tinha sido sondado para apresentar uma candidatura. À altura, Costa defendeu a sua permanência no Governo por, naquela fase, Centeno ser “mais útil” em Lisboa.