O livro "Noites de Campo" foi escrito por Pedro Saraiva Ferreira, Chefe do Agrupamento 900 no Monte Abraão, concelho de Sintra. Reflete a sua experiência de cerca de 40 anos como escuteiro católico.
Aborda "temas especificamente escutistas, como seja um conjunto de reflexões sobre o sistema de patrulhas, a ferramenta pedagógica estruturante de toda a metodologia escutista, questões sobre a vida ao ar livre e sobre a extraordinária vida em campo, com as suas múltiplas dimensões. E reflete também outros temas da vida cristã em geral, como a sexualidade, como o celibato, como questões da fé, de Deus, enfim, não sendo questões exclusivamente escutistas, como é óbvio, são abordadas num contexto e num âmbito especificamente escutista".
O livro tem prefácio de outro escuteiro, D. Manuel Clemente. O Cardeal Patriarca de Lisboa, com ligações ao movimento escutista, é escuteiro desde 1964. Daí ter surgido esta ideia "em conversa com o nosso pároco e assistente de Agrupamento, o padre Abel, já que D. Manuel Clemente também é escuteiro. E, portanto, ter a possibilidade de um livro sobre escutismo ter o prefácio escrito pelo nosso Cardeal Patriarca, isso garantiria à partida um interesse acrescido em relação ao livro".
Quem quiser comprar, o livro está à venda na Loja Escutista de Lisboa e também nas plataformas online de duas livrarias bem conhecidas.
Ainda no ativo como chefe de escuteiros, Pedro Saraiva Ferreira tem duas filhas que lhe seguiram os passos. "Elas sempre viram o Pai como chefe de escuteiros e, naturalmente, também se foram envolvendo neste modo de vida diferente que é ser escuteiro".
Neste tempo de pandemia, tem havido muitas limitações impostas pelas medidas de saúde. Por exemplo, "as nossas rotinas e as nossas atividades alteraram-se profundamente. E aquilo que vai sendo possível fazer vai alternando entre os momentos online e outros presenciais na sede, na paróquia, com pequenos grupos".
Admite que a "única atividade que envolve todo o grupo e que tem um caráter semanal é a Missa de Agrupamento".
Pedro Saraiva Ferreira reconhece que é difícil habituar-se "a este novo normal", para quem "o escutismo é um movimento de proximidade, é um movimento de relação e comunhão. E aquilo que vamos podendo ir fazendo, não passa de uma estratégia para minimizar danos e irmos mantendo algum contacto com os miúdos e entre nós, chefes e animadores das secções. Obviamente nunca será algo que se possa sequer comparar com aquilo que fazíamos anteriormente e que, no fundo, caracteriza verdadeiramente o espírito e a mística escutista".