A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) garante que não há violência policial generalizada. Em declarações à Renascença, o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, contraria o relatório da Amnistia Internacional que aponta para o abuso da força por parte da polícia.
“Assumimos que há situações pontuais e não a ideia de que a polícia tem uma postura de agressão. Não é verdade”, garante Paulo Rodrigues.
Paulo Rodrigues lembra que é preciso “fazer um paralelismo com aquilo que é a realidade actual da segurança em Portugal”.
“Se fossemos comparar com há 10 ou 15 anos se calhar percebíamos que a polícia tem de ter uma postura perante aquilo que é a criminalidade e o tipo de crime. Hoje temos uma criminalidade mais violenta, mais preparada e mais organizada para lidar e até enfrentar a polícia”, explica, acrescentando que, perante essa realidade, “a polícia também tem que, infelizmente, mais vezes utilizar a força física”.
O presidente da ASPP considera ainda que a Amnistia Internacional tem de ajustar a sua avaliação à realidade.
“É lamentável é que o relatório da Amnistia Internacional venha sempre transmitir o mesmo, independentemente de ser agora ou há 10/15 anos. As coisas efectivamente mudaram e a população em Portugal tem a noção que as coisas mudaram, o que não mudou foi o relatório. Era necessário que todos aqueles elementos que fazem parte da Amnistia e que produzem o relatório fizessem uma avaliação, de acordo com a realidade”, remata.