No final de outubro de 2019, menos de um mês depois das últimas eleições legislativas, Carlos Guimarães Pinto colocava um ponto final na sua liderança da Iniciativa Liberal (IL), partido criado dois anos antes. O presidente dos liberais falhou a eleição como cabeça de lista no Porto e deixou um largo elogio à intervenção de João Cotrim Figueiredo, o deputado único do partido eleito pelo círculo de Lisboa.
Dois anos depois, Carlos Guimarães Pinto mantém aquilo que disse e, "neste momento", acompanha a vida da Iniciativa Liberal "como membro de base" sem "funções executivas dentro do partido" e assim pretende ficar.
Questionado pela Renascença se a saída da liderança e das funções na direção da IL foi definitiva ou poderá haver um regresso, Carlos Guimarães Pinto assume que essa hipótese é "um absurdo" e que o "partido tem um ótimo presidente nesta altura".
É tão "absurdo falar noutros presidentes, diz o ex-dirigente dos liberais, tanto mais "que o partido tem crescido de forma sustentável, tem alguém que sabe e é capaz de comunicar bem as ideias, tem feito um ótimo trabalho na Assembleia da República". Sendo assim, reforça Guimarães Pinto, "é completamente absurdo estar a falar noutro presidente que não aquele que vai ser eleito este fim de semana".
Este fim de semana, para além da reeleição de João Cotrim Figueiredo na liderança da IL, será eleita a comissão executiva, o principal órgão de direção que inclui Paulo Carmona, um dos fundadores do Movimento Europa e Liberdade (MEL), Miguel Pina e Cunha, professor catedrático, a advogada Ana Pedrosa-Augusto e Rodrigo Saraiva, assessor do partido.
Guimarães Pinto diz não conhecer "os nomes todos" da comissão executiva, apenas admite que, "entretanto, o partido cresceu bastante" e que, "neste momento, terá melhores recursos humanos" e que, "certamente, conseguirá fazer uma comissão executiva mais sólida com mais pessoas e mais abrangente em relação à sociedade civil".
Acabado de lançar o livro "Milhões a voar - As mentiras que nos contaram sobre a TAP", Carlos Guimarães Pinto diz ainda sobre a IL que "o core da equipa continua mais ou menos o mesmo" em relação ao que existia quando abandonou o partido e que "grande parte daquelas pessoas" já faziam parte da comissão executiva que liderou. Sendo assim, conclui, tem "confiança que farão um bom trabalho, certamente".